Empresas mais atentas à mobilidade elétrica;

Estudo da gestora de frotas LeasePlan revela
Empresas mais atentas à mobilidade elétrica
As empresas apostam cada vez mais na mobilidade elétrica, de acordo com o segundo estudo Motorizações, promovido pela gestora de frotas LeasePlan. A especialista em renting automóvel aponta duas razões principais para essa realidade: a oferta e os menores custos de utilização, sem esquecer os incentivos e benefício fiscais concedidos pelo Governo.
O estudo analisou oito segmentos, que representam 86% da frota do mercado de renting (utilitário, pequeno familiar suv, pequeno familiar generalista, pequeno familiar premium, médio familiar generalista, médio familiar premium, grande familiar e pequeno furgão). O resultado é que os ganhos de competitividade dos veículos elétricos e plug-in aumentaram comparativamente ao estudo do ano passado.
“Se tivermos em conta a quilometragem mais escolhida pelas empresas (30 mil km/ano), juntamente com o peso relativo de cada segmento nas frotas, passámos de uma situação de 53% de perfis de utilização em que o veículo eletrificado exibia um TCO [custo total de utilização] inferior aos restantes em 2018, para os atuais 65% em 2019, um acréscimo de 12% em apenas um ano”, indica a LeasePlan.
De referir ainda que, na análise deste ano, a propulsão a diesel deixa de ser competitiva no segmento dos utilitários, e perdeu quota de 2018 para cá, quando no ano passado era a mais competitiva em cinco dos sete perfis de utilização considerados.
 
Veículos com quota maior em Portugal
 
A gestora de frota indica que a procura por veículos eletrificados tem-se intensificado ao longo dos anos, mas ressalva que, mesmo havendo crescimento, a taxa de penetração dos veículos eletrificados à escala europeia é de somente 1,8%. Em Portugal, essa quota é um pouco maior – é de 3,3% –, mas não deixa de ser baixa.
No caso concreto do mercado de renting nacional, a LeasePlan indica que essa transição elétrica tem sido mais acelerada, sobretudo nas empresas de maior dimensão. “Há um aspeto relevante que é o facto das conclusões do estudo diferirem quando se analisa as grandes em comparação com as pequenas e médias empresas, onde a transição para a eletrificação é mais favorável já que nestas não existe grande elasticidade nos descontos das Marcas e a competitividade dos elétricos ganha assim mais relevo”, refere Pedro Pessoa, diretor comercial da LeasePlan. 
Um dos fatores que mais tem afetado a procura por veículos eletrificados no mundo inteiro é o conjunto de incentivos governamentais para a transição elétrica. Para além dos apoios na compra, os governos também podem desenvolver políticas fiscais que discriminem os veículos eletrificados de forma positiva, sendo esse o caso português, “embora com realidades diferentes para particulares e empresas”, comenta Pedro Pessoa. “Para que a transição seja feita nos particulares, constatamos que o incentivo fiscal às empresas pode ser algo a considerar para este mercado também”, acrescenta.
Aquiles Pinto, 11/02/2020
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