Empresas familiares da próxima geração;

REFLEXÕES SOBRE EMPRESAS FAMILIARES
Empresas familiares da próxima geração
A Deloitte identificou uma temática particular das empresas familiares que merece ser debatida – o que é a disrupção? Porque é difícil de identificar? É uma ameaça ou uma oportunidade? – e que foi alvo do estudo “Empresas familiares da próxima geração: Liderando um negócio familiar num ambiente disruptivo”, realizado no decorrer do primeiro trimestre de 2017.
 
Foram envolvidos em entrevistas e questionários 268 futuros líderes de empresas familiares da região EMEA (designação geográfica que compreende a Europa, Oriente Médio e África), cujas principais caraterísticas são:
  • Faturação em milhões de euros (ME): 43% < 50ME; 35% entre 50ME e 250ME e 22 % > 250ME
  • Idade da Empresa (anos): <20 - 5%; 20 a 49 - 41%, 50 a 100 - 40% e mais de 1 século - 14%
  • Geração familiar dos que responderam: 2ª - 53%, 3ª - 25%, 4ª superior - 22% 
  • Idade dos que responderam: <30 - 15%, 30 a 40 - 37%, 40 a 45 – 15%, >45 os restantes cerca de  30%.
O estudo pretende auxiliar a conduzir a empresa familiar através destes tempos desafiantes e a constatar que a próxima geração está apta a prosperar. Em síntese pode-se salientar que: 
  • as empresas familiares possuem uma capacidade especial para evoluir e adaptar-se às mudanças,
  • a vontade de inovar, a focalização no longo prazo e sua atitude em relação ao risco explicam por que conseguem sobreviver em contextos nos quais a mudança é fundamental. 
Os resultados deste fantástico trabalho servirão de base à próxima série de artigos desta rubrica de empresas familiares – cuja permissão de utilização desde já agradeço à Deloitte Portugal –, onde se irá prosseguir o objetivo de apresentar em português os principais dados e ilustrar com alguns casos. Com estas reflexões esperamos melhor habilitar as nossas empresas familiares a também navegarem neste oceano tempestuoso dos negócios globais, de forma a encontrarem um rumo que as conduza a bons portos.

Para falar de inovação e disrupção pode-se ilustrar o caso do grupo familiar Vida Económica que, entre muitos outros exemplos, foi uma das primeiras empresas de “media” a abordar de forma consistente e transversal o tema das empresas familiares em Portugal:
  • Em 2006 publicou o 1º livro “Eu não vendi. Não o façam vocês. Empresa familiar e sucessão”, que por vias distintas envolveu dois dos maiores empresários do séc. XX, que por coincidência partiram em 2017: Américo Amorim – realizou o prefácio, e Belmiro de Azevedo – escreveu uma frase para a contracapa;
  • Em 2007 o semanário Vida Económica lançou de forma contínua uma secção dedicada às empresas familiares: iniciou com um consultório - dinamizado sob o pseudónimo de Abel Maia; evoluiu para artigos sobre temas das empresas familiares e, nos últimos anos e sob o tema “Reflexões sobre Empresas Familiares”, tem divulgado estudos internacionais que, tal como para o atual, permite comentar e associar exemplos de negócios familiares portugueses;
  • Em 2011 lançou um novo e inovador livro, “50 perguntas essenciais sobre empresas familiares”, que inclui 50 “cartoons” originais e foi lançado com um grande Fórum da Empresa Familiar, na cidade da Maia, onde estiveram presentes empresários de todo o país;
  • Neste momento está a apoiar os workshops e estudo “Roadmap das Empresas Familiares do Norte de Portugal”, que será um dos mais detalhados e dedicados a retratar a realidade destas empresas nacionais.
Esperemos que os nossos leitores apreciem e também aceitem o desafio de nos contactarem com as suas opiniões ou dúvidas, enriquecendo ainda mais a abordagem da temática dos negócios familiares.
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