Exportações alemãs vão abrandar crescimento
Os sinais do futuro desenvolvimento económico da Alemanha são promissores, com um elevado nível de estabilidade. As expetativas da Coface para um crescimento sólido são, por isso, uma pequena surpresa. Em 2016 o crescimento estimado do produto interno bruto (PIB) é de cerca de 1,8%. O crescimento para 2017, de 1,7%, será apenas marginalmente inferior.
O principal motor de crescimento será, uma vez mais, o consumo interno, basicamente impulsionado pelos níveis de emprego recorde, ou seja, excecionalmente elevados. Os riscos para a economia alemã podem ocorrer do lado das exportações.
Apesar de mais um ano recorde em 2015 (face ao volume de exportação) para as exportações de bens alemães, no primeiro semestre de 2016, tanto o comércio mundial, como as exportações alemãs, tiveram desempenhos bastante fracos.
A perspetiva para as exportações alemãs em 2017 é cautelosamente optimista. Uma análise das perspetivas económicas para 2017, para o top 10 dos países destinatários das exportações alemãs, revela uma maior tendência de enfraquecimento do que em 2016. Cerca de 60% de todas as exportações alemãs destinam-se a estes países.
Na China, o abrandamento gradual do crescimento deverá continuar – tal como o pessimismo nos EUA – atualmente o “cliente” mais importante da Alemanha, representando cerca de 9% de todas as exportações.
França, o segundo maior destino das exportações, deverá sofrer um novo revés no crescimento económico em 2017.