Benfica e Porto lideram ganhos nas transferências de futebolistas
Benfica e Porto foram os clubes de futebol que mais lucro obtiveram com transferência de jogadores nas temporadas de 2014/15 e 2015/16, de acordo com a KPMG. O Sporting também integra o relatório “The Player Trading Game”, fechando o “top” 20. Os três grandes portugueses são, aliás, os únicos clubes que não integram as ligas francesa, italiana, espanhola e alemã. A “Premier League” inglesa é a única das ligas “big five” que não integra o ranking.
SL Benfica e FC Porto lideram o “The Player Trading Game”, um relatório da KPMG sobre o resultado contabilístico das transferências de jogadores em mais de 150 clubes de futebol nas épocas de 2014/15 e 2015/16 (com base nas demonstrações financeiras mais recentes). Com um saldo de transferências agregado de 65 e 58,2 milhões de euros, respetivamente, no período em análise, os dois clubes nacionais lideraram o ranking. Juntamente com Sporting CP (20º), são os únicos “não-big-five” (as cinco principais ligas europeias) representados no “top” 20.
Os principais clubes europeus que podem ser considerados “vendedores líquidos” pertencem a cinco ligas: França, Itália, Espanha, Portugal e Alemanha. A francesa Ligue 1 é a liga mais representada no “top” 20, com seis clubes. A Premier League destaca-se como a única das “big five” que não está representada no ranking.
Man. United, City e PSG nos antípodas
Os clubes que representam a francesa Ligue 1 incluem o Olympique de Marseille e o AS Monaco FC, ambos no fim do pódio de transferências de jogadores, juntamente com o Olympique de Lyon, o Montpellier HSC, o AS Saint-Etienne e o LOSC Lille.
A Serie A italiana é a segunda liga mais representada neste relatório, com cinco clubes no “top” 20 europeu. A UC Sampdoria (28,7 milhões de euros), em décimo lugar, é o clube italiano com a melhor classificação.
A espanhola La Liga está representada no ranking por quatro clubes. O Sevilha FC (6º) desenvolveu-se enquanto especialista do mercado de transferências e lidera com um total de transferências de quase 40 milhões de euros.
Entre os “compradores líquidos”, Manchester City FC (-171,9 milhões de euros), Paris Saint-Germain FC (-179,4 milhões de euros) e Manchester United FC (-238,9 milhões de euros) totalizam o maior saldo negativo de transferências de jogadores.
Tendo em conta a atividade de transferências este verão (recorde-se que a análise da KPMG refere-se a 2014/15 e 2015/16), é provável que permaneçam no final do ranking nas próximas épocas. No caso do PSG, é quase uma certeza, com a contratação do brasileiro Neymar ao Barcelona pelos 222 milhões de euros da cláusula de rescisão do contrato.
Como se não bastasse, o clube francês, que tem o português Antero Henrique (ex-FC Porto) como diretor desportivo desde junho, já poderá ter “orçamentada” para 2018 nova transferência estratosférica. É que o PSG recebeu por empréstimo – para contornar as regras do fair-play financeiro – o atleta Mbappé, mas a comunicação social francesa fala de uma compra de 180 milhões de euros, mais bónus, no próximo ano.
Direitos televisivos impactam
O analista da KPMG responsável pela área desportiva, Andrea Sartori, não mostra surpresa pela ausência de equipas inglesas no “top” 20 dos clubes que mais lucraram com transferências de futebolistas. “Provavelmente sem surpresas, nenhum clube inglês está no ‘top’ 20 europeu de transferências de jogadores. Isto pode dever-se ao seu perfil, ao rendimento dos direitos de transmissão da Premier League e aos maiores recursos comparativamente aos seus congéneres europeus. Estas características colocam os clubes ingleses no lado ‘comprador’ e, de certa forma, diminuem a necessidade de desenvolver o ‘trading’ de jogadores. É interessante notar também que os clubes holandeses, que habitualmente produzem muito talento, não constam deste ranking”, refere o especialista.
“Os vendedores podem continuar a explorar esta vantagem competitiva, se as taxas de transferência continuarem a aumentar e se mantiverem academias prolíficas e redes de olheiros de sucesso. Por outro lado, para os maiores clubes europeus, que são parte intrínseca da indústria global do entretenimento, atrair o melhor talento é indispensável para garantir uma vantagem competitiva dentro e fora dos campos e para fazer crescer a sua massa global de fãs. Apesar de não estar previsto que os seus gastos diminuam no curto prazo, os clubes devem ter em atenção se pagar valores de transferências recordes é ou não sustentável a longo prazo”, avisa Sartori.
Os principais clubes europeus que podem ser considerados “vendedores líquidos” pertencem a cinco ligas: França, Itália, Espanha, Portugal e Alemanha. A francesa Ligue 1 é a liga mais representada no “top” 20, com seis clubes. A Premier League destaca-se como a única das “big five” que não está representada no ranking.
Man. United, City e PSG nos antípodas
Os clubes que representam a francesa Ligue 1 incluem o Olympique de Marseille e o AS Monaco FC, ambos no fim do pódio de transferências de jogadores, juntamente com o Olympique de Lyon, o Montpellier HSC, o AS Saint-Etienne e o LOSC Lille.
A Serie A italiana é a segunda liga mais representada neste relatório, com cinco clubes no “top” 20 europeu. A UC Sampdoria (28,7 milhões de euros), em décimo lugar, é o clube italiano com a melhor classificação.
A espanhola La Liga está representada no ranking por quatro clubes. O Sevilha FC (6º) desenvolveu-se enquanto especialista do mercado de transferências e lidera com um total de transferências de quase 40 milhões de euros.
Entre os “compradores líquidos”, Manchester City FC (-171,9 milhões de euros), Paris Saint-Germain FC (-179,4 milhões de euros) e Manchester United FC (-238,9 milhões de euros) totalizam o maior saldo negativo de transferências de jogadores.
Tendo em conta a atividade de transferências este verão (recorde-se que a análise da KPMG refere-se a 2014/15 e 2015/16), é provável que permaneçam no final do ranking nas próximas épocas. No caso do PSG, é quase uma certeza, com a contratação do brasileiro Neymar ao Barcelona pelos 222 milhões de euros da cláusula de rescisão do contrato.
Como se não bastasse, o clube francês, que tem o português Antero Henrique (ex-FC Porto) como diretor desportivo desde junho, já poderá ter “orçamentada” para 2018 nova transferência estratosférica. É que o PSG recebeu por empréstimo – para contornar as regras do fair-play financeiro – o atleta Mbappé, mas a comunicação social francesa fala de uma compra de 180 milhões de euros, mais bónus, no próximo ano.
Direitos televisivos impactam
O analista da KPMG responsável pela área desportiva, Andrea Sartori, não mostra surpresa pela ausência de equipas inglesas no “top” 20 dos clubes que mais lucraram com transferências de futebolistas. “Provavelmente sem surpresas, nenhum clube inglês está no ‘top’ 20 europeu de transferências de jogadores. Isto pode dever-se ao seu perfil, ao rendimento dos direitos de transmissão da Premier League e aos maiores recursos comparativamente aos seus congéneres europeus. Estas características colocam os clubes ingleses no lado ‘comprador’ e, de certa forma, diminuem a necessidade de desenvolver o ‘trading’ de jogadores. É interessante notar também que os clubes holandeses, que habitualmente produzem muito talento, não constam deste ranking”, refere o especialista.
“Os vendedores podem continuar a explorar esta vantagem competitiva, se as taxas de transferência continuarem a aumentar e se mantiverem academias prolíficas e redes de olheiros de sucesso. Por outro lado, para os maiores clubes europeus, que são parte intrínseca da indústria global do entretenimento, atrair o melhor talento é indispensável para garantir uma vantagem competitiva dentro e fora dos campos e para fazer crescer a sua massa global de fãs. Apesar de não estar previsto que os seus gastos diminuam no curto prazo, os clubes devem ter em atenção se pagar valores de transferências recordes é ou não sustentável a longo prazo”, avisa Sartori.