Ford Fiesta ST-Line mantém tradição com inovação;

Ford Fiesta ST-Line mantém tradição com inovação
Não me lembrava que eram assim tão bons!
O Ford Fiesta faz parte das minhas recordações de infância com o XR2 e, mais tarde, com os motores ligados à Yamaha/Mazda – os ZETEC. Da leitura nos vários semanários ou revistas mensais da especialidade - sim, não havia redes sociais nem revistas digitais - sobressaía sempre o bom comportamento do modelo e a competência do chassis, que facilmente se comprovava depois em competição. Quando andei com o primeiro Ford, essas mesmas qualidades estavam patentes.

E, hoje, quando me colocaram nas mãos o novo Ford Fiesta  - um 1.0 mas com 155cv híbrido – quis perceber se a tradição se mantinha.
Comecemos! Sempre notei nesta geração da Ford – por causa dos grupos óticos e da grelha  - ligeiras semelhanças com a Aston Martin. Pode parecer exagero mas é de facto a minha perceção. De resto, lateralmente o carro apresenta um desenho da carroçaria ascendente, o que lhe transmite uma certa desportividade e robustez.
No interior, a primeira nota que sobressai nesta versão ST-Line (desportiva) é um interior bem desenhado, com vários apontamentos de plásticos moles, um volante com ótima pega e uns bancos confortáveis. Continuo a não gostar da nova tendência de o ecrã central não estar integrado no tablier mas sim escamoteado. De resto, bom espaço à frente, regular atrás
E em estrada?
De facto, a marca mantém bem viva a tradição de fazer bons automóveis e a prova disso é a disponibilidade do motor de 155 cv entre curvas, conjugada com o baixo peso do conjunto, em que, em abordagens mais “vigorosas” e curvas encadeadas, sobressai a qualidade do chassis, da suspensão e da direção. Das três opções de condução centrei-me mais na Sport e, para além da disponibilidade com que o modelo arranca e sobretudo curva (depressa e bem), lamenta-se não ter mais destaque nas vendas nacionais.
Em termos de consumo e sem qualquer cuidado no pé direito, a média foi de 7,7 litros. Acredito que, em condução mais citadina e também em estrada, cumprindo criteriosamente as velocidades e não fazendo retomadas de aceleração para explorar o potencial do pequeno 1.0 – mas é difícil resistir – os consumos sejam efetivamente mais baixos.
Em termos de equipamento – e trata-se de um decalque de outros fabricantes – o Fiesta vinha carregado de software, como os vários sensores de travagem de emergência, ângulo morto, estacionamento automático, saída involuntária da estrada (bem calibrado) “and so on” ...
Num tempo em que as marcas pretendem diminuir custos, talvez fosse interessante uma sinergia entre fabricantes para que estes sistemas fossem unificados num só e existentes em todas as gamas de todos os modelos e fabricantes, reduzindo assim custos de desenvolvimento e investigação e standardizando o mercado. Fica a dica!

Jorge KM Farromba Jorgefarromba@gmail.com, 22/07/2021
Partilhar
Comentários 0