KuantoKusta quer ser a Amazon portuguesa num investimento que atingirá os 13 milhões de euros;

KuantoKusta quer ser a Amazon portuguesa num investimento que atingirá os 13 milhões de euros
Do pião ao avião, queremos que todos os produtos possam ser comprados na nossa plataforma, assegurando aos consumidores compras com segurança e fiabilidade, frisa Thiago Borba.
Depois de 13 anos enquanto comparador de preços, o KuantoKusta vai abrir o primeiro marketplace criado de raiz em Portugal. A nova plataforma estará disponível já a partir de 09 de outubro. O investimento já realizado na transformação do portal ascende a cerca de 2 milhões de euros, mas a curto-médio prazo o investimento totalizará 13 milhões de euros.
O modelo de negócio do portal KuantoKusta, até agora, tinha por base a agregação de tráfego junto dos utilizadores da internet que andavam à procura de informações de produto e a sua venda aos comerciantes. Porém, a partir do dia 09 de outubro (data prevista anunciada), o KuantoKusta será, também, o primeiro marketplace criado de raiz em Portugal, permitindo aos seus utilizadores não só pesquisar os preços e em que lojas são vendidos os produtos que procuram, como também efetivarem diretamente a sua compra no portal.
“Do pião ao avião, queremos que todos os produtos possam ser comprados na nossa plataforma, assegurando aos consumidores compras com segurança e fiabilidade”, começou por dizer à ‘Vida Económica’, Thiago Borba. O objetivo desta nova plataforma é permitir que o utilizador que pesquise um produto no KuantoKusta tenha todas as informações do produto, mas também dos comerciantes e lojistas, à semelhança do que acontece, no Amazon Marketplace. “O KuantoKusta será o interlocutor nestas transações, e é este quem faz todo o serviço de assistência ao cliente e pós-venda, tendo um nível de serviço uniforme e garantia de entrega ou devolução do dinheiro, bem como opções de pagamento seguras e com tecnologia antifraude”.
Thiago Borba assegura que o KuantoKusta vai conseguir devolver ao consumidor que usa a plataforma para pesquisa, um resultado mais interessante depois de ter desenvolvido um algoritmo assente em cinco critérios (preço, portes, tempo de entrega, avaliação dos clientes e devolução de encomendas) e que joga com a localização do consumidor. Ou seja, "no topo da pesquisa não vai aparecer o lojista que pagar mais para aparecer, como acontece noutras plataformas de pesquisa. Aqui, a melhor oferta vai aparecer com base no cruzamento das informações mais relevantes para o consumidor", explica o diretor do marketplace KuantoKusta em Portugal.
Até ao momento, o valor do investimento realizado na transformação do portal é de cerca de 2 milhões de euros. Após o lançamento e até dezembro cantam investir mais 1 a 1,5 milhões de euros. Porém, a curto-médio prazo (cerca de 5 anos), este deverá atingir os 13 milhões de euros. Em 2017 o KuantoKusta faturou cerca de 2 milhões de euros e registou quase 30 milhões de visitas ao portal. Agora, com a nova plataforma, o objetivo assumido passa por “multiplicar os resultados”. “Se conseguirmos entrar em 2019 como marketplace ‘puro’, podemos fechar o ano a faturar 150 milhões de euros em vendas”, assegura o responsável.“Se conseguirmos entrar em 2019 como marketplace ‘puro’, podemos fechar o ano a faturar 150 milhões de euros em vendas”, assegura o responsável. Thiago Borba disse ainda que até ao momento “já faturaram o mesmo valor do que em 2017, os 2 milhões de euros”, e por isso acredita que o grupo possa registar um crescimento de cerca de 30% este ano.

Mais de 50% do tráfego alcançado pelo KuantoKusta é feito por telemóvel
A trabalhar neste projeto há apenas cinco meses, o responsável afirma que o marketplace irá arrancar com “70 lojistas, sendo que nem todos são do portfólio de quase 700 lojistas que já trabalham connosco”. “Há outros novos, que quiseram entrar logo que nos ouviram dizer que havia essa oportunidade”, como exemplo empresas do Chile ou da Alemanha que até agora não podiam abrir uma loja em Portugal (por não terem sede física no país), e que agora podem fazê-lo, alojados na plataforma.
Não obstante, aos comerciantes, o KuantoKusta vai continuar a oferecer tráfego, permitindo aos pequenos lojistas, que teriam dificuldade em aceder fora desta plataforma, mas também a marcas maiores, muitas delas com lojas eletrónicas próprias, mas que já mostraram que não querem deixar de estar na plataforma. “Acreditamos que estamos, sobretudo, a democratizar o comércio eletrónico, porque o pequeno lojista, que consegue ter muitos bons preços em determinadas ocasiões, pode estar a competir com um dos grandes”, salienta Thiago Borba.
Reconhecendo a crescente importância da internet móvel, o responsável afirma que, “atualmente, mais de 50% do tráfego registado pelo KuantoKusta é já realizado através de telemóvel”. Nesse sentido, Thiago Borba destaca o crescimento de 58%, em agosto deste ano face a 2017, atingindo quase 3 milhões de visitas, valores apenas atingidos em meses como novembro e dezembro. Por isso, a expectativa do grupo passa por atingir as 100 mil transações no período de outubro a dezembro.
Contando com 40 colaboradores, a empresa tem, neste momento, 6 vagas por preencher e acredita vir a duplicar o número de colaboradores em 2019.
FERNANDA SILVA TEIXEIRA fernandateixeira@vidaeconomica.pt, 28/09/2018
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