O número de trabalhadores por género nas empresas familiares ;

REFLEXÔES SOBRE EMPRESAS FAMILIARES
O número de trabalhadores por género nas empresas familiares
As empresas familiares são uma fonte importante de disponibilização de trabalho e estabelecem uma relação muito particular com os seus trabalhadores, assumindo os líderes de muitas delas que os consideram como membros da sua própria família.
 
De facto, cada pessoa está integrada num núcleo familiar, seja ou não o nosso, normalmente habita nas proximidades do local de trabalho, conhece-nos e nós conhecemos a sua família.
O estudo “Empresas familiares da Região Norte: Mapeamento, Retratos e Testemunhos”, de 2018, desenvolvido pela UMinho, analisou a distribuição dos trabalhadores por género e nº de contratados pela empresa. Alguns elementos quanto à representatividade do género nas entidades que empregam são:
  • Entre 1 a 3 trabalhadores: não existe variação significativa;
  • Entre 4 a 9, 10 a 49 e 50 a 99: o género masculino é superior em cerca de 50%;
  • 100 ou mais: o género masculino é superior em cerca de 300%. 
Genericamente constata-se uma preponderância de homens a trabalhar nas empresas, sendo que uma análise correlacionada com a atividade principal da empresa poderia levar a uma melhor perceção deste diferencial. 
Como as empresas familiares são um elemento preponderante de geração de emprego em zonas geográficas de baixa industrialização, todas as ocupações laborais que possam gerar serão muito apreciadas pelas pessoas contratadas e respetivas famílias.

Em 1991 Mafalda Mota Pinto e o marido fundam a SCOOP – uma empresa de vestuário têxtil, essencialmente exportadora, que se distingue pelo fator humano de elevada experiência e dedicação.
No início do Séc. XXI redirecionou a sua estratégia para o vestuário técnico, onde tem inovado e visto os resultados internacionalmente reconhecidos.
A sustentabilidade é uma preocupação e linha orientadora da gestão, pelo que apresentou na Texworld de 2019, em Nova Iorque, a coleção GAYA - sustentável e baseada em stocks da indústria têxtil – que reflete a crença de reaproveitamento de materiais com a intervenção do design de moda.
Em 2015 faturou mais de J7 milhões, empregava 65 pessoas (das quais 90% eram mulheres) tendo alcançado o dobro dos trabalhadores em 2018. Para além do emprego direto, subcontratam mais de dois terços do que fazem a cerca de 30 empresas subcontratadas. 
Inspirada no provérbio chinês “Todas as flores do futuro estão contidas nas sementes de hoje”, Mafalda Pinto lançou uma horta biológica (o único fertilizante tem origem em compostagem própria), em 2 ha de terra contíguos à empresa, onde nascem as couves, batatas, cebolas, cenouras ou brócolos. O objetivo é “dar qualidade de vida aos colaboradores” proporcionando-lhes a possibilidade de comerem as frutas e legumes da época. A par da TMG Automotive, a SCOOP é representante portuguesa da indústria têxtil e do vestuário no United Nations Global Compact (UNGC), iniciativa das Nações Unidas de cidadania empresarial e que tem como membros empresas de todo o mundo com provas dadas nas áreas dos direitos humanos, práticas laborais, proteção ambiental e anticorrupção.

 

Temas para reflexão:
  • Qual a nossa política de gestão dos colaboradores da empresa?
  • Se as pessoas são um fator diferenciador, como podemos ser distintos na sua captação e retenção?
  • O que pensam os trabalhadores da sua ligação à nossa empresa? 


António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
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http://www.facebook.com/ajncosta
@empresasfamiliaresdesucesso
 Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
http://www.efconsulting.pt
 
 


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