“Portugal vai ser mais um caso de sucesso do Merco”;

João Marques, Diretor-Geral da Merco Portugal, afirma
“Portugal vai ser mais um caso de sucesso do Merco”
“Os objetivos da Merco Portugal é o de se tornar o monitor de reputação corporativa de referência”, afirma João Marques. 
Sonae, Continente e Vodafone lideram o pódio do Merco, monitor de reputação corporativa que avalia as empresas em seis áreas: Resultados económico-financeiros, Qualidade da oferta comercial, Talento, Ética e responsabilidade corporativa, Dimensão internacional da empresa e Inovação.
João Marques, diretor-geral da Merco Portugal, acredita que este monitor de reputação corporativa irá ser “a mais importante ferramenta de trabalho nesta área em Portugal, contribuindo assim para melhorar a qualidade na gestão da reputação das empresas que operam no nosso país”.
Está previsto o alargamento do monitor à reputação de líderes empresariais, nomeadamente “Talento” e “Universidades”.
Vida Económica - O Merco foi criado em 2000, mas só agora entra em Portugal. Porquê e quais os objetivos? 
João Marques – A metodologia Merco foi criada na Universidade Complutense de Madrid por uma equipa liderada pelo professor catedrático Dr. Justo Villafañe. Deste modo o monitor de reputação corporativa daí resultante foi lançado em Espanha no ano 2000. O início da sua expansão internacional foi impulsionada pelos seus primeiros clientes, nomeadamente multinacionais espanholas, cuja presença internacional se baseava fortemente na América Latina (Colômbia, Argentina, Chile, Equador, Bolívia, Brasil, México, Peru, Costa Rica e Panamá). 
Concluída essa primeira fase de expansão internacional e com o objetivo de alargamento ao continente europeu, considerou-se que o primeiro país para avançar deveria ser Portugal, em colaboração com a empresa Equação Lógica. O grande objetivo do ranking Merco em Portugal é, tal como em todos os países onde está presente, o de contribuir, enquanto ferramenta de análise e gestão para a promoção da qualidade das empresas, para a sua gestão responsável e melhorando a qualidade do tecido empresarial.
 
VE - O que é o Merco Digital e para que foi criado?
JM – O Merco, lançado no ano 2000, estaria incompleto nos dias de hoje se não incluísse os “stakeholders” da área digital. A Merco quis fazer coincidir o lançamento em Portugal com a avaliação Merco Digital. Sendo que o objetivo é medir da forma mais objetiva possível a reputação corporativa tanto na atividade impulsionada pelas empresas (“owned”), como na conversação gerada nas dimensões reputacionais (“earned”), a não inclusão do mundo digital era um handicap. Assim, para esta análise foram recolhidas 14.711 publicações, bem como analisadas 848.651 menções às empresas do ranking. Nesta avaliação, a pontuação de uma dada empresa depende também assim da sua atividade, dos seus seguidores, bem como das avaliações realizadas em meios digitais e em redes sociais por influencers e utilizadores.
A realização do Merco Digital foi levada a cabo em colaboração com a Nethodology, empresa especializada nesta área, e que conta com a melhor tecnologia para o seguimento e análise de redes sociais, bem como com uma equipa de profissionais especializados na análise das atitudes que estão por detrás dos diferentes conteúdos publicados.
 
VE - Na classificação da reputação ,quais são os critérios avaliados?
JM – Na classificação da reputação os critérios avaliados são detalhados em 18 varáveis que se podem resumir em seis áreas de avaliação: Resultados económico-financeiros, Qualidade da oferta comercial, Talento, Ética e responsabilidade corporativa, Dimensão internacional da empresa e Inovação.
 
VE - Sonae, Continente e Vodafone surgem no pódio da reputação. Como comenta?
JM – Sonae, Continente e Vodafone são empresas com uma grande dimensão, de reconhecido prestígio e com políticas de boas práticas claras. A comunidade empresarial portuguesa, de acordo com os resultados do ranking Merco, reconhece a sua elevada reputação através dos 18 critérios de avaliação, e os mesmos resultados foram validados pelos especialistas envolvidos ou seja: analistas financeiros, jornalistas de informação económica, responsáveis de ONG, de sindicatos, de associações de consumidores e por professores universitários da área da empresa e pelos consumidores.
 
VE - Quais são os objetivos futuros do Merco Portugal?
JM – Os objetivos do Merco Portugal é o de se tornar o monitor de reputação corporativa de referência e a mais importante ferramenta de trabalho nessa área em Portugal, contribuindo assim para melhorar a qualidade na gestão da reputação das empresas que operam no nosso país. Temos planos de alargamento do monitor nomeadamente à reputação de líderes empresariais, para além de outras áreas que já existem, nomeadamente em Espanha, como sejam “Talento” e “Universidades”.  
Em resumo, acreditamos que Portugal vai ser mais um caso de sucesso do Merco, reforçando a posição global do monitor, que se pretende em breve alargar a mais países europeus.

VIRGÍLIO FERREIRA virgilio@vidaeconomica.pt, 11/07/2019
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