“O mercado imobiliário em 2021 vai reforçar conceitos como o coliving e o coworking”;

Paulo Sousa, franquiado ERA Porto Baixa/Centro, destaca
“O mercado imobiliário em 2021 vai reforçar conceitos como o coliving e o coworking”
Em entrevista, Paulo Sousa alerta para uma tendência de maior segmentação e de especialização do mercado com o foco no consumidor e a sua satisfação, continuando a assistir-se a uma tendência de migração dos centros da cidade para a periferia e a um reforço do arrendamento tradicional.
A ERA Porto Baixa/Centro registou em 2019 bons resultados que a colocam no Top 10 das agências. Quais as razões que explicam estes resultados?
O caminho para atingir o top 10 das agências em Portugal foi trilhado com muita determinação, método e foco na missão. Foco na missão da ERA Porto Baixa/Centro de ser líder do mercado imobiliário residencial no Porto utilizando um método de trabalho de conquista e controlo da sua área geográfica de atuação exclusiva, que compreende a União de Freguesias do Centro Histórico do Porto. Foi baseado na colaboração dos seus consultores cada vez mais profissionalizados e na prestação de um serviço de mediação de excelência, honesto e atento às inovações tecnológicas. Este caminho tem sido feito desde que o projeto ERA Porto Baixa/Centro teve o seu início em 2009 com a abertura da agência ERA Porto Baixa na Praça Gomes Teixeira, n.º 10, no Centro Histórico do Porto, e prolongou-se com a abertura de mais uma loja (ERA Porto Centro) em 2018, situado na Rua da Boavista, nº 893, para facilitar a proximidade com os clientes da extinta freguesia de Cedofeita.
O prémio das transações partilhadas que visa destacar as agências que mais negócios fizeram com as suas congéneres honrou muito a agência porque é demonstrativo da notoriedade da marca ERA e das sinergias que se criam ao pertencer a uma rede de 200 agências com mais de 2000 colaboradores em Portugal.
O prémio Faturação atribuído ao consultor Dídio Almeida foi recebido com enorme satisfação porque premeia uma pessoa que integra a equipa desde 2012 e que personifica os valores que a empresa subscreve, de vontade e determinação, honestidade, espírito de equipa, proatividade e coragem. Significa o reconhecimento público dos seus méritos pessoais e para a agência a validação do método que permite às pessoas singrar individualmente, num projeto de carreira e de vida, integradas numa equipa
 
Qual tem sido a evolução da agência ERA Porto Baixa/Centro ao longo dos últimos anos?
 A ERA Porto Baixa/Centro tem tido um crescimento sustentável ao longo dos anos, acentuando-se com a abertura de mais um ponto de atendimento ao público em 2018 e caracterizando-se, atualmente, cada um destes pontos por ter duas equipas de consultores e um departamento processual de apoio à concretização dos negócios.
Para além da restante estrutura, a empresa conta com 20 consultores e encontra-se a recrutar 8 pessoas para integrar as suas equipas, sempre com o objetivo em mente de estar mais próximo do nosso cliente vendedor.
O ano 2018, com a reabilitação total da agência da Praça Gomes Teixeira, 10 e a aquisição das instalações na Rua da Boavista, 893, permitiu um salto qualitativo e quantitativo expressivo, cuja consolidação se materializou em 2019.
 
O que representa para os responsáveis da empresa e para a equipa manterem-se no Top das melhores agências ERA?
É motivo de muito orgulho para a equipa, que tem consciência que este tipo de resultados só se consegue com muita determinação e trabalho, bem como com uma boa dose de humildade e gratidão.
 
A atual situação de confinamento está a criar constrangimentos vários na comercialização dos imóveis?
A nível nacional, a redução das transações em 2020 rondará os 7 a 10%. O impacto das transações nos centros do Porto e Lisboa será certamente mais do dobro da média nacional, resultante da forte ligação com o turismo e investimento estrangeiro. Concorre com este fator a nova realidade do teletrabalho e a perceção da possibilidade de viver longe do local onde se trabalha bem como a nova necessidade do consumidor por espaços maiores e com áreas exteriores, originando uma migração de centro das cidades para as periferias.
Enquanto durar o período de confinamento, estaremos concentrados no recrutamento, formação dos colaboradores e apreensão das novas tecnologias/inovações que permitem complementar ou realizar parte do trabalho remotamente. Foi necessário dar resposta à necessidade de estabelecer contacto direto com os clientes pela via digital e, para além da promoção dos imóveis que já era efetuada por esta via, as visitas passaram a ser feitas por vídeo, por exemplo através das “virtual tours”.
Temos consciência de que o trabalho de mediação se baseia na confiança mútua das partes, no mercado e no negócio em si, e percebemos com o confinamento que mais do que, nunca, o papel do consultor é essencial na consolidação desta confiança.
Em termos genéricos e sabendo que os bancos continuam a emprestar a taxas de juro historicamente baixas, cremos que todas as medidas de apoio à economia e à manutenção da estrutura social, nomeadamente as moratórias de créditos, serão benéficas para que a recuperação seja rápida. Em termos particulares e sendo o setor imobiliário uma peça fundamental na recuperação de qualquer economia, enquanto charneira entre setores como o turismo e a construção, parece-nos que seria de considerar um pacote de apoios à sua manutenção e rápida recuperação, assim como de incentivos ao investimento, nomeadamente estrangeiro.
 
Qual é a expetativa sobre a evolução do mercado imobiliário em 2021?

Sendo uma área tradicionalmente mais conservadora, estamos muito atentos ao impacto do movimento “proptech”, nomeadamente os referentes à inovação financeira, construção, domotização e “Big Data”, e estamos seguros que vieram para ficar.
O mercado imobiliário em 2021 seguirá uma tendência de maior segmentação e de especialização, com o foco no consumidor e a sua satisfação, reforçando-se conceitos como o coliving e o coworking.
Continuará a assistir-se a uma tendência de migração dos centros da cidade para a periferia e um reforço do arrendamento tradicional.
Sendo esta uma crise ‘autoinfligida’ que não surge pelo choque de oferta e procura, esperamos que a reação dos mercados à reabertura seja rápida, permitindo, num período relativamente curto de tempo, uma recuperação dos níveis anteriores de atividade.

“As vendas a clientes estrangeiros representaram 25% do volume de negócios”

Em 2019 a faturação baseou-se maioritariamente na mediação de imóveis para venda (cerca de 90%), correspondendo a restante fatia aos arrendamentos e trespasses. As vendas a clientes estrangeiros representaram 25% do volume de negócios, destaca Paulo Branco, diretor comercial da agência.
Por tipo de imóveis, destacou-se a venda de apartamentos (53%), seguida dos prédios para reabilitar (28%). Esta distribuição não surpreende, dada a natureza do parque habitacional de angariação e o posicionamento da marca ERA.  Numa posição menos preponderante tivemos a venda de lojas (7%) e moradias (6%), ocupando os escritórios e os armazéns um lugar residual.
De referir ainda que, quanto às vendas de apartamentos, a tipologia mais frequente foi a T1 e que a finalidade da compra, para cerca de 60% dos compradores, era o investimento. O perfil do nosso investidor em 2019 favorecia o alojamento local, em detrimento do arrendamento tradicional (60%, contra 30%), tendo os restantes em vista a transformação do imóvel e a revenda.
Esta análise dos números revela o quanto o mercado natural desta agência se funda no investimento estrangeiro, no turismo e atividades subsidiárias.

“O sucesso é uma questão de trabalho e preparação e não de sorte”

Após ter recebido o prémio em 2017 de melhor agente a nível nacional na categoria de Transações Partilhadas, “o meu objetivo passou a ser o de conseguir o pódio na categoria Faturação, o que veio a concretizar-se em 2019, com o terceiro lugar a nível nacional”, conta Dídio Almeida, consultor imobiliário.
As características mais importantes neste trabalho, segundo o consultor, são a organização, a persistência, a ambição e o foco no contacto permanente com o cliente, que é gerador da confiança essencial à concretização do negócio.
“Tenho consciência de que estes resultados não são fruto do acaso, mas sim da minha dedicação, preparação e trabalho em equipa e como tal estou reconhecido a todos os colegas da rede e em especial aos da ERA Porto Baixa/Centro por me terem ajudado a alcançá-lo”, frisa Dídio Almeida. Acrescenta que, “nesta área, para mim, o sucesso é uma questão de trabalho e preparação e não de sorte”.

Susana Almeida, 05/03/2021
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