Zonas industriais vão ser requalificadas e alargadas para responder à procura ;

Paulo Marques, presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva, afirma
Zonas industriais vão ser requalificadas e alargadas para responder à procura
“O poder local consegue sempre gerir melhor e fazer a diferença, principalmente em territórios mais pequenos, com uma política de maior proximidade” – afirma Paulo Marques, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva.
“A aposta do Município passa pela adoção de medidas de simplificação administrativa e pela disponibilização de  apoio técnico e administrativo  a quem quiser estabelecer-
-se no concelho e/ou que, já estando estabelecido, pretenda alargar o seu ramo de negócio ou internacionalizar-se”, acrescenta.
A aquisição e reconstrução de imóveis para habitação secundária, agricultura e floresta e turismo cinegético são algumas das potencialidades locais.
Vida Económica - Como caracteriza a economia local em Vila  Nova de Paiva?
Pedro Marques -
Com boas perspetivas de crescimento, já que há um significativo número de empresas e pequenos empresários que estão em expansão e a procura para aquisição de  lotes industrias tem vindo a aumentar.
A aposta do Município passa pela adoção de medidas de simplificação administrativa e pela disponibilização de  apoio técnico e administrativo  a quem quiser estabelecer-se no concelho e/ou que, já estando estabelecido, pretenda alargar o seu ramo de negócio ou internacionalizar-se. Através da Divisão de Desenvolvimento Local e numa parceria com a AIRV (Associação Empresarial da Região de Viseu),  os potenciais investidores podem obter informação  e aconselhamento sobre apoios governamentais e/ou comunitários disponíveis

VE - O concelho é atrativo para o turismo e habitação secundária?
PM -
É  um concelho rico em património natural e edificado e integra zonas privilegiadas para o lazer, com condições naturais, ambientais, paisagísticas e culturais, que oferece Natureza e História, rios e serras, gentes e povoações onde a tradição ainda impera,  o que permite desenvolver turismo de natureza, religioso e arqueológico, que, aliado ao desporto e à cultura, permite partir à descoberta deste  território rico, que encerra um conjunto valioso e diversificado de elementos naturais e de testemunho da arquitetura rural. A caça e pesca assumem também no nosso concelho uma forte implantação, contribuindo para o desenvolvimento do turismo cinegético.
A proximidade com a sede de distrito, as características naturais  do território, o valor dos imóveis, a tranquilidade são fatores que despertam interesse na aquisição e reconstrução de imóveis para habitação secundária de pessoas com laços familiares ao concelho ou não.

VE - Existe potencial de crescimento na agricultura e floresta?
PM -
Sim, trata-se de um território com uma vasta mancha florestal que urge proteger e desenvolver. Por outro lado, a atividade agrícola, ainda muito centrada na subsistência, tem vindo  a ganhar escala em produções como os mirtilos e demais frutos vermelhos.

VE - Que impacto irá ter o PRR e o Portugal 2030 sobre as receitas e a capacidade de investimento do município?
PM -
Estas medidas de apoio permitirão ao Município, por um lado,  avançar com a requalificação e alargamento das duas zonas industriais que o concelho tem, de forma a dar resposta aos empresários que têm manifestado o seu interesse em instalar-se por cá. Por outro lado, permitirá que o Município desenvolva projetos de atração e fixação de pessoas e empresas, como, por exemplo, com a criação de um espaço de “cowork”.

VE - Em que áreas deveria haver mais transferência de competências da Administração Central para as autarquias?
PM -
No fundo, estamos preparados para assumir quaisquer competências, desde que tratadas de uma forma séria por parte do Governo central. Ou seja, temos consciência que o poder local consegue sempre gerir melhor e fazer a diferença, principalmente em territórios mais pequenos, com uma política de maior proximidade.
Célia Cesar, 22/09/2022
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