Défice Comercial agrícola é superior a 3556 milhoes de euros;

Suplemento Agrovida
Défice Comercial agrícola é superior a 3556 milhoes de euros
Importações portuguesas de produtos agrícolas e agroalimentares aumentaram 9,6% em 2017
As importações de “Produtos agrícolas e agroalimentares” (exceto bebidas) aumentaram 9,6% em 2017 relativamente ao ano anterior. Atingiram 7998,8 milhões de euros, de acordo com o boletim “Estatísticas Agrícolas 2017” do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgado em finais de julho.

As importações de “Gorduras e óleos animais ou vegetais” foram as que registaram o maior acréscimo em 2017 (correspondente a +31,5%), subindo uma posição e ascendendo ao quarto principal grupo de produtos importados no âmbito dos “Produtos agrícolas e agroalimentares” (exceto bebidas), superando o grupo das “Sementes e frutos oleaginosos; plantas industriais”.
Também em 2017, diz o INE, Espanha continuou a ser o principal fornecedor de “Gorduras e óleos animais ou vegetais”, com um peso de 74,9%, seguida dos Países Baixos que subiram uma posição face ao ano anterior e da Ucrânia que subiu três posições.
O grupo da “Carne e miudezas, comestíveis” manteve-se como principal grupo de produtos importados por Portugal, com um peso de 12,9%, correspondente a 1 031,9 milhões de euros. Este grupo foi também o que registou o segundo maior acréscimo em valor nas importações de “Produtos agrícolas e agroalimentares” (exceto bebidas), correspondendo a um aumento de 10,8% face a 2016 (+100,5 milhões de euros).
Este acréscimo, refere o INE, deveu-se em grande parte ao aumento das importações de “Carne de Suíno”, ”Carne de bovino (fresca ou refrigerada)” e “Carne de bovino (congelada)”. Espanha continuou a ser o principal mercado fornecedor, tendo, no entanto, baixado ligeiramente o seu peso no total do grupo (67,4%, -0,8 p.p. face a 2016).
Por sua vez, os “Cereais” e as “Frutas, cascas de citrinos, melões” mantiveram-se, respetivamente, como segundo e terceiro principais grupos de produtos importados.

Importações de cereais subiram 4,9% em 2017

De acordo com o mesmo relatório do INE, as importações de “Cereais” aumentaram 4,9% face ao ano anterior, resultado de um aumento das importações de “Milho” e “Trigo e mistura de trigo com centeio” que representaram, respetivamente, 47,5% e 35,9% do valor deste grupo.
Apesar do aumento registado, o grupo dos “Cereais” diminuiu o seu peso no total das importações de “Produtos agrícolas e agroalimentares” (exceto bebidas): 9,7% face aos 10,1% em 2016. A França, frisa o INE, reforçou a sua posição como principal fornecedor de “Cereais”, a Ucrânia manteve a segunda posição alcançada no ano de 2016 e Espanha foi o terceiro principal fornecedor, com um peso de 13,7%, igualando o peso do ano anterior. De destacar ainda o Brasil, que registou o maior acréscimo (correspondente a +159,6%), tendo subido de sexto para quarto principal mercado fornecedor de “Cereais” em 2017.

Em 2017, as “Frutas, cascas de citrinos, melões” mantiveram-se como o terceiro principal grupo de produtos importado. As importações deste grupo aumentaram 11,8% relativamente ao ano anterior, não se verificando alterações nas posições dos principais países fornecedores deste tipo de produtos: Espanha continuou como principal fornecedor, apesar de ter baixado o seu peso de 55,1% para 50,5%, seguida da África do Sul (peso de 10,7%) e do Brasil (peso 6,9%).

Na globalidade das importações de “Produtos agrícolas e agroalimentares” (exceto bebidas), diz o INE que os países Intra-UE continuaram a ter um papel preponderante como fornecedores deste tipo de produtos, apesar da diminuição do seu peso no total.
Espanha foi, uma vez mais, o principal fornecedor destes produtos com um peso de 47,4%, tendo sido também o país com maior acréscimo em valor nas importações portuguesas deste grupo de produtos (+278,0 milhões de euros).

Exportações totalizaram 4442,0 milhões de euros

Em 2017, as exportações de “Produtos agrícolas e agroalimentares” (exceto bebidas) aumentaram 12,0% face ao ano anterior, totalizando 4442,0 milhões de euros.
De acordo com o INE, no total das exportações de “Produtos agrícolas e agroalimentares” (exceto bebidas), Espanha manteve-se como principal país cliente de Portugal. Angola ascendeu a segundo principal país de destino, ultrapassando a França, que passou assim a ocupar a terceira posição.
Com um peso de 34,4%, Espanha continuou a ser o maior mercado de destino das exportações portuguesas de “Produtos agrícolas e agroalimentares” (exceto bebidas). As exportações para este país registaram um acréscimo de 10,7% (+147,7 milhões de euros), correspondendo ao maior aumento em valor na globalidade dos países.
TERESA SILVEIRA teresasilveira@vidaeconomica.pt, 09/08/2018
Partilhar
Comentários 0